Silêncio...

“Se alguém não pode te ajudar a resolver determinado problema, não fale sobre ele.”

Transformei esse ensinamento em regra. Reclamei menos, segurei palavras, calei até dentro de casa. Aos poucos, sorrir virou mais fácil do que explicar.

Mas, no fundo, sinto falta das conversas que lavam a alma. Daquelas que não resolvem nada, mas fazem a gente se ouvir, perceber que certas dores são pequenas demais… e que outras ganham forma enquanto falamos.

Hoje, não compartilhar virou meu hábito. Não divido o que dói, nem o que me alegra. Do lado de fora, parece que não acontece nada. Mas acontece. Só que acontece em silêncio.

O lado bom é que aprendi a ouvir mais, observar mais. Mas sei que não basta.

Porque há dias em que o silêncio não é maturidade, é peso.

E eu ainda preciso esvaziar o peito, a mente e o coração.